Café em São Paulo reúne interessados e empresários da Economia de Comunhão

26 de março de 2018 admin

Na tarde do último sábado, dia 19, o núcleo local da cidade de São Paulo reuniu interessados na Economia de Comunhão (EdC) para a retomada de encontros que disseminam esta nova proposta de cultura empresarial e mudança no paradigma da economia. O tema foi “Como a EdC atua hoje no Brasil” e, segundo os organizadores, este momento foi um novo rumo para a EdC em uma das capitais econômicas mais importantes do país. A grande maioria dos participantes era empresários, mas também estavam presentes estudantes, pesquisadores e membros da Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (Anpecom) totalizando 40 pessoas.

Durante o encontro, o vice-presidente da Anpecom, Marcelo Cassa, falou sobre o relacionamento dos empresários da EdC com outros empresários e a importância em dar espaço para o diálogo, fugindo das estruturas tradicionais para que novas pessoas conheçam o projeto de EdC, possibilitando que a rede de pessoas interessadas em colaborar com iniciativas e projetos que visam melhorar o mundo, se fortaleça cada vez mais. O gestor do Polo Spartaco (polo produtivo localizado em Cotia, que possui empresas aderentes à EdC), Thiago Borges, destacou os avanços do polo, que há pouco tempo iniciou um espaço colaborativo em um de seus galpões para receber e fomentar pequenos e micro empreendedores.

Pela primeira vez em uma reunião sobre Economia de Comunhão, Martinho Rocha da Silva vê a EdC como uma das únicas saídas para a humanidade. “Sem nunca ouvir falar na EdC, eu criei um projeto dentro da minha empresa para compartilhar os lucros”, conta o empresário proprietário da Milagros, que fornece incensos litúrgicos desde 2002 e para o Vaticano desde 2007.

A matéria prima do seu negócio vem do norte da África, uma das regiões mais pobres do planeta. Depois de uma viagem para a região, em 2010, Martinho, que tinha como propósito uma viagem comercial para contatar fornecedores e para conhecer a árvore do incenso, se sentiu tocado em ver a extrema pobreza e ver que a prosperidade gerada aqui não chega até lá. Isso transformou a sua vida, assim como da Milagros. Foi, então, que pesquisou e criou o projeto. “Foi compartilhando essa minha ideia com um bispo, em junho deste ano, que ouvi falar da Economia de Comunhão e de todo esse universo. Eu que achei que estava inventando a roda de dividir os recursos da empresa, mas ela já existe muito bem”, conclui.

Diferente de Martinho, a empresária Angela Pelizzon Garcia foi uma das pioneiras da EdC. “Ver a nova geração falar da EdC com tanta propriedade como nós um dia fomos tocados por esse estilo de vida é maravilhoso; e os jovens entenderam a parte fundamental do projeto, que foi porque a EdC nasceu: resgatar a dignidade humana. E quando ela nasceu, nós nos preocupamos em criar empresas e fazê-las se desenvolverem. Hoje, os jovens estão preocupados em reduzir a pobreza gerando uma cultura de comunhão”, comenta ela, sócia da agência de viagens, Estrela Viagens. Segundo ela, momentos como o encontro de sábado fortalecem os princípios da EdC, que deve fazer parte do dia a dia, e comprovam que é um projeto para todo homem de boa vontade.


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